sábado, janeiro 07, 2012

FITORREMEDIAÇÃO


Galianthe grandifolia - Rubiaceae, considerada uma planta hiperacumuladora de cádmio
A fitorremediação utilize sistemas vegetais para recuperar águas e solos contaminados por poluentes orgânicos ou inorgânicos. Está área de estudo, embora não seja nova, tomou impulso nos últimos 10 anos, quando se verificou que a zona radicular das plantas apresenta a capacidade de biotransformar moléculas orgânicas exógenas. A rizosfera, como é denominada esta zona, tem sido desde então estudada por sua importante função de utilizar moléculas poluentes como fonte de nutrientes para os diversos microorganismos que coabitam essa região.

As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos, elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo (BTEX), pesticidas e herbicidas  (bentazona, compostos clorados, etc), explosivos, solventes clorados e resíduos orgânicos industriais (PCPs, PAHs), entre outros.

A fitorremediação oferece várias vantagens que devem ser levadas em conta. Grandes áreas podem ser tratadas de diversas maneiras, a baixo custo, com possibilidades de remediar águas contaminadas, o solo, e subsolo e ao mesmo tempo embelezar o ambiente.

Entretanto, o tempo para se obter resultados satisfatórios pode ser longo. A concentração do poluente e a presença de toxinas devem estar dentro dos limites de tolerância da planta usada para não comprometer o tratamento.

Riscos como a possibilidade dos vegetais entrarem na cadeia alimentar, devem ser considerados quando esta tecnologia for empregada.

A fitorremediação pode ser classificada dependendo da técnica a ser empregada, da natureza química ou da propriedade do poluente. Assim, a fitorremediação pode ser compreendida em:

  • Fitoextração – envolve a absorção pelas raízes, os quais são nelas são armazenados ou são transportados e acumulados nas partes aéreas. É aplicada principalmente para metais.
  • Fitoestabilização – os contaminantes orgânicos ou inorgânicos são incorporados à lignina da parede vegetal ou ao húmus do solo precipitando os metais sob formas insolúveis, sendo posteriormente aprisionados na matriz.
  • Fitoestimulação – as raízes em crescimento promovem a proliferação de microorganismos degradativos na rizosfera, que usam os metabólitos exudados da planta como fonte de carbono e energia. Esta técnica limita-se a compostos orgânicos .
  • Fitovolatização – alguns íons de elementos dos subgrupos II,V e VI da tabela periódica (mercúrio, selênio e arsênio), são absorvidos pelas raízes, convertidos em formas não tóxicas e depois liberados na atmosfera.
  • Fitodegradação – os contaminantes orgânicos são degradados ou mineralizados dentro das células vegetais por enzimas específicas (nitroredutases, desalogenases e lacases, como exemplo).
  • Rizofiltração – é a técnica que emprega plantas terrestres para absorver, concentrar e/ou precipitar os contaminantes de um meio aquoso, particularmente metais pesados ou elementos radioativos, através de seu sistema radicular.
  • Barreiras Hidráulicas – algumas árvores de grande porte, particularmente aquelas com raízes profundas, removem grandes quantidades de água do subsolo ou dos lençóis freáticos a qual é evaporada através das folhas. Os contaminantes presentes na água são metabolizados pelas enzimas vegetais, vaporizados junto com a água ou simplesmente aprisionados nos tecidos vegetais.
  • Açudes Artificiais -  são ecossistemas formado por solos orgânicos, microorganismos, algas e plantas aquáticas vasculares que trabalham conjuntamente no tratamento dos efluentes, através das ações combinadas de filtração, troca iônica, adsorção e precipitação.
        Fonte Universo Ambiental
         

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