domingo, setembro 23, 2012

Pneus feitos com borracha natural de plantas alternativas


Biopneus

Engenheiros europeus apresentaram os primeiros protótipos de pneus feitos inteiramente com borracha natural a partir de plantas consideradas alternativas.
Pneus são feitos de borracha natural de plantas alternativas

Os biopneus foram fabricados com o látex das plantas guaiúle (Parthenium argentatum) e dente-de-leão da Rússia (Taraxacum kok-saghyz), um parente do dente-de-leão encontrado no Brasil (Taraxacum officinale).
A inovação é fruto de um esforço conjunto entre cientistas de várias instituições de oito países, reunidos pela União Europeia em torno do projeto EU-PEARLS.
Os protótipos estão sendo produzidos pela fabricante de pneus alemã Apollo Vredestein.
Mercado de borracha
Um dos objetivos do projeto é reduzir a dependência da Europa em relação ao látex importado da Ásia.
Além dos pneus, o material é indispensável para um sem-número de setores, e essencial para a fabricação de ítens como luvas cirúrgicas e camisinhas.
Todo o látex usado na Europa vem da seringueira (Hevea brasiliensis), cujos maiores produtores mundiais são Malásia, Indonésia e Tailândia.
Assim, o principal resultado do projeto foi identificar espécies produtoras de látex que se adequassem ao cultivo no clima europeu: o guaiúle deu-se bem na região do Mediterrâneo, enquanto o dente-de-leão da Rússia é mais adequado para as regiões mais frias.
O guaiúle já está sendo cultivado comercialmente na Espanha, mas o látex do dente-de-leão da Rússia mostrou-se de mais fácil extração.


sábado, setembro 22, 2012

Autofagia para a sobrevivência


Somos todos autofágicos – e isso é bom. A todo momento nossas células se digerem e se renovam, desfazendo e reaproveitando proteínas, por meio de um mecanismo biológico chamado autofagia. Vista antes apenas como um processo de morte celular, essa forma de autodestruição seletiva de componentes celulares mostra-se agora como um artifício de sobrevivência dos organismos – só quando não há mais conserto possível é que as células se apagam. Como aparentemente pode ser acelerada ou retardada, a autofagia tornou-se uma estratégia nova para combater doenças e prolongar a vida das células, cujo interior deve guardar tanto movimento quanto os quadros do artista plástico Jackson Pollock.

De imediato, a autofagia está abrindo perspectivas de aplicações novas para velhos medicamentos. Por exemplo, o lítio, usado para tratar pessoas com transtorno bipolar de humor, marcado por saltos repentinos da euforia à depressão profunda, pode ser útil para deter o mal de Alzheimer, uma forma de degeneração dos neurônios que tende a se agravar com o envelhecimento. A cloroquina, além de aplacar a malária, pode ajudar a combater tumores. A rapamicina, antibiótico usado para evitar a rejeição de órgãos transplantados, prolongou a longevidade de um grupo de camundongos, em comparação com outro grupo, que seguiu o curso normal do envelhecimento.

domingo, agosto 26, 2012

Bactéria que 'come' pode dar R$ 2,8 bilhões para Vale


A Vale desenvolve, em parceria com a USP, uma tecnologia para identificar bactérias e fungos capazes de "comer" cobre para, no futuro, aproveitar economicamente os rejeitos produzidos no beneficiamento do mineral e absorvidos por esses micro-organismos.
O projeto conta com financiamento não reembolsável (a fundo perdido) de R$ 12 milhões do BNDES e contrapartida de R$ 3 milhões da Vale. A pesquisa está em curso na barragem de rejeitos da mina de Sossego, em Carajás (PA).
Nessa espécie de lago onde são depositadas as sobras do processamento do cobre, há 90 milhões de toneladas de detritos -nelas, há teor residual de 0,07% de cobre.
Ao preço atual do metal, a Vale teria receita bruta (sem descontar as despesas) extra de US$ 1,4 bilhão (R$ 2,8 bilhões) com o aproveitamento dos resíduos da barragem -mais do que a companhia investiu, de 1997 a 2004, para colocar a mina em operação (R$ 1,2 bilhão).

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress

segunda-feira, julho 30, 2012

Biotecnologia é para quem sonha com vida dentro do laboratório

Agronegócio e área farmacêutica lideram seleção de estudantes. Confira as empresas que mais contratam

Foto: Getty Images

Estágio em biotecnologia é feito no laboratório
 Quem pensa em uma vida profissional dentro de laboratórios de pesquisa avançada, alta tecnologia e muito estudo, deve prestar atenção ao que diz o professor de ciências físicas e biomoleculares da Universidade de São Paulo (USP), Otávio Henrique Thiemann: “A biotecnologia está tendo um momento semelhante ao que ocorreu com a informática há 30 anos. É um despertar das grandes empresas para a necessidade de fazer pesquisa e desenvolvimento nessa área”. Entendeu? O que ele quer dizer é que essa área não muito conhecida oferece boas perspectivas de desenvolvimento profissional.
Prova disso é que a produção brasileira recente de trabalhos acadêmicos reconhecidos está concentrada justamente nesse setor. Os quatro campos da ciência no Brasil que mais publicam artigos científicos em revistas internacionais estão ligados à biotecnologia, são eles: ciências agrárias, zootécnica e botânica, microbiologia e farmacologia, segundo levantamento recente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Investimento – Esses setores são também os que mais oferecem oportunidades de estágio e trainee para interessados em trabalhar com pesquisa. O agronegócio, por exemplo, é a área que mais recebe recursos para pesquisa e, no Brasil, desenvolve projetos que vão desde o desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas à produção de vacinas transgênicas. O país é o terceiro do mundo em área de transgênicos plantada, atrás apenas dos Estados Unidos e Argentina.

terça-feira, maio 22, 2012

IDENTIFICAÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO


Em 1866 Mendel descreveu os genes através dos seus efeitos finais tais como os fenótipos. Pelos experimentos de Mendel, e de outros pesquisadores, ficou definido que os genes levam a informação genética de uma geração para outra e, apesar de não ser visto ou delimitado fisicamente, deveriam apresentar as seguintes propriedades: 
- Replicação: processo que permite ao gene produzir outras unidades iguais a si próprio. 

- Transcrição: Processo pelo qual a informação genética, é transferida para o local apropriado (ribossomo) e é traduzido. 

- Tradução: Processo pelo qual são produzidas as proteínas a partir de uma seqüência de nucleotídeos. 



Após Mendel, os genes foram definidos quimicamente e foram conhecidos pelo que realizam na síntese protéica e não a nível de expressão fenotípica.  

DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS GENÉTICAS : MÉTODOS DE RASTREAMENTO

DIAGNÓSTICO DE DOENÇAS GENÉTICAS: MÉTODOS DE RASTREAMENTO
Uma ampla variação de técnicas são utilizadas para a identificação de doenças genéticas. Todos os métodos têm vantagens e desvantagens e requerem considerável habilidade e experiência para serem realizados. Não existe uma padronização ou preferência geral por um método, mas os laboratórios devem ser conhecedores das limitações e sensibilidade dos métodos por eles usados.
A apresentação a seguir é uma síntese das diferentes estratégias, baseadas na análise do DNA, utilizadas para o diagnóstico de doenças genéticas.
Doenças Genéticas: Padrões de Herança Simples ou Complexo
  • Autossômicas Recessivas - os genes estão presentes nos autossomas e os indivíduos afetados tem duas cópias do gene mutante. Ex: Fibrose Cística.
  • Autossômicas Dominantes - os genes também estão nos autossomas, mas basta uma cópia do gene mutante para causar a doença. Ex: Doença de Huntington.
  • Ligadas ao Cromossomo X - os genes agem como mutações dominantes no sexo masculino. Ex: Distrofia muscular de Duchenne.
  • Poligênicas ou Multifatoriais- resultam de mutações em genes diferentes ou surgem da interação de fatores ambientais com múltiplos genes. Ex: Doenças cardíacas coronárias, câncer e esquizofrenia.
Aconselhamento Genético
O aconselhamento genético é o conjunto de informações dado à família com relação ao risco de recorrência , prognóstico e possíveis tratamentos de uma determinada doença genética.
Testes Genéticos
  • Citogenético
  • DNA
  • Metabólico

sexta-feira, abril 20, 2012

DNA E RNA

Constituição química do DNA e RNA 
Quando o ácido nucléico foi separado da proteína muitos pesquisadores, especialmente Levene, mostraram que ele poderia ser quebrado em pequenas partes denominadas de nucleotídeos. Cada nucleotídeo contém:

CaracterizaçãoDNARNA
1. AçúcarDesoxiriboseRibose
2. Grupo FosfatroH3PO4H3PO4
3.Bases nitrogenadasPiridiminas:
Citosinas e Timinas
Purinas
Adenina e Guanina
Piridiminas:
Citosinas e Uracil
Purinas
Adenina e Guanina

Chargaff, em seus estudos, apresentou várias informações a respeito da molécula de DNA. Identificou-se que ocorre ligações entre a pirimidina citosina e purina guanina e entre a pirimidina timina e a purina adenina. As ligações envolvem duas pontes ente A e T e três entre G e C. Também constatou a seguinte relação: 

(C+A)/(G+T) =1 

Diferenças entre DNA e RNA 

O DNA se diferencia do RNA nos seguintes aspectos: 

a. O açúcar do DNA é a desoxiribose enquanto que o do RNA é a ribose. 

b. O DNA contém a timina e o RNA a uracil. 

c. O DNA é um filamento duplo e o RNA é um monofilamento. 

d. O DNA apresenta uma molécula longa e o RNA uma molécula curta 

Modelo do DNA segundo Watson e Crick 

Watson e Crick propuseram um modelo de DNA cujos princípios físicos derivaram das figuras de difração de raios X produzidas por Wilkins e Astracan, usando DNA isolado. Os princípios químicos derivaram principalmente dos trabalhos apresentados por Chargaff e seus associados.  

FUNÇÃO DO MATERIAL GENÉTICO

Garrod (1900), médico inglês, deu os primeiros passos para evidenciar a ação dos genes. Este pesquisador estudou a alcaptonúria, uma doença hereditária caracterizada pela coloração escura na urina. Para esta doença foi observado que o escurecimento era conseqüência do acúmulo de ácido homozentízico (alcapton) o qual, nos indivíduos normais, era decomposto através de reações enzimáticas, de tal maneira que havia excreção de ácido acético. Constatou-se ainda que dietas com tirozina e fenilalamina aumentava a manifestação de sintomas. 


Os trabalhos decisivos sobre a função do gene foram apresentados por Beadle e Tatum que propuseram a teoria "um gene - uma enzima". As idéias principais do trabalho realizado por estes autores foram: 

a. Todos os processos bioquímicos dos organismos estão sob controle genético. 

b. Os processos bioquímicos ocorrem numa seqüência de reações individuais. 

c. Cada reação simples é controlada por um gene simples. 

d. Cada gene atua através do controle e produção de uma enzima específica. 

Na atualidade esta teoria apresenta as seguinte falhas: 

a. Um gene pode especificar a síntese de uma cadeia polipeptídica que não apresenta nenhuma função enzimática (Ex.: Hemoglobina). 

b. Uma enzima pode ser constituída por mais de uma cadeia polipeptídica (Ex.: RNA polimerase é constituída por várias cadeias e, consequentemente, esta sob o controle de vários genes. 

c. Um gene pode controlar a atividade de uma enzima especificada por outro gene (Ex.: sítio operadores, repressores, etc.). 
                     Fonte : UFV 

domingo, abril 01, 2012

Brasil lidera expansão mundial dos transgênicos pelo terceiro ano consecutivo

    
Com 30,3 milhões de hectares em 2011, o país obteve o maior crescimento entre os países produtores de culturas geneticamente modificadas.
São Paulo, 07 de fevereiro de 2012 –O Brasil alcançou a marca recorde de 30,3 milhões de hectares (ha) plantados com culturas geneticamente modificadas (GM) ou transgênicas em 2011. Com esse resultado, divulgado hoje pelo Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações em Agrobiotecnologia (ISAAA), o Brasil amplia sua produção e consolida a segunda posição no ranking mundial de países que adotam a biotecnologia em suas lavouras, atrás penas dos Estados Unidos (com 69,0 milhões de ha).
Área mundial de culturas GM (em milhões de ha) – 6 maiores produtores
A produção mundial chegou a 160 milhões de hectares em 2011, um aumento de 8% em relação ao ano anterior (ou 12 milhões de hectares).
PosiçãoPaísÁrea 2011Área 2010Culturas GM
1EUA69,066,8Soja, milho, algodão, canola, abóbora, papaia, alfafa e beterraba
2Brasil30,325,4Soja, milho e algodão
3Argentina23,722,9Soja, milho e algodão
4Índia10,69,4Algodão
5Canadá10,48,8Canola, milho, soja e beterraba
5China3,93,5Algodão, papaia, álamo, tomate, pimentão

Brasil
O Brasil ocupa o segundo lugar em área plantada de transgênicos, com 30,3 milhões de hectares, e figura como um líder global no setor. “Pelo terceiro ano consecutivo, o país foi o motor do crescimento global, aumentando, em 2011, sua área de plantio em 4,9 milhões hectares (ou 19,3%), mais do que qualquer outro país”, afirma Clive James, presidente do ISAAA.
Soja - 20,6 milhões de hectares (82,7% do total da produção nacional da cultura)
Milho - 9,1 milhões de hectares (64,9% do total da produção nacional da cultura)
Algodão - 0,6 milhão de hectares (39% do total da produção nacional de cultura)
Para o representante do ISAAA no Brasil, Anderson Galvão, o desempenho brasileiro retrata o momento positivo no setor, que conseguiu estabelecer um ritmo de aprovações de biossegurança adequado, com uma regulação apropriada e eficiente.
No caso do milho, Galvão acredita que o país está vivendo uma revolução tecnológica que coloca o produtor brasileiro praticamente em condições de igualdade, dentro da porteira, com os seus concorrentes americanos e argentinos. “Tal situação permite ao país uma condição de segurança no abastecimento interno, além de criar excedentes exportáveis que auxiliam na regulação do mercado interno”. Destaques gerais
  • África  África do Sul, Burkina Fasso e Egito, em conjunto plantaram 2,5 milhões de hectares de transgênicos. Três outros países (Quênia, Nigéria e Uganda) realizaram ensaios de campo com milho, mandioca, banana e batata doce, culturas prioritárias para os países pobres.
  • Europa  Seis países da UE (Espanha, Portugal, República Checa, Polônia, Eslováquia e Romênia) plantaram 114.490 hectares de milho Bt (resistente a insetos), 26% a mais do que em 2010 (ou 23.297 hectares). Além disso, Suécia e Alemanha plantaram simbólicos 17 hectares da batata Amflora, que apresenta maior alto teor de amilopectina, substância de aplicação na indústria de papéis e adesivos.
  • Países em desenvolvimento – Das 29 nações produtoras de transgênicos, 19 são países em desenvolvimento e detêm aproximadamente 50% das plantações. Espera-se que, em 2012, eles ultrapassem os países industrializados na adoção de biotecnologia.
  • População mundial – Nos 29 países mencionados residem mais de 60% da população mundial, que, em 2011, alcançou a marca de 7 bilhões de habitantes.
  • Pequenos produtores – Ao todo, 16,7 milhões de agricultores plantaram culturas geneticamente modificadas. Desses, 90% são considerados de pequeno porte.
  • Meio ambiente - Entre 1996 e 2010, verificou-se que a adoção de biotecnologia nas lavouras contribuiu para a redução da utilização de 443 milhões de quilos de ingredientes ativos nas lavouras.
Outro dado importante diz respeito à preservação da biodiversidade: sem a adoção dos transgênicos nesse período, 91 milhões de hectares de terra a mais teriam de ser utilizados para produzir as 276 milhões de toneladas adicionais de alimentos, rações e fibras geradas entre 1996 e 2010.
Apenas em 2010, a redução do uso de maquinário agrícola nas lavouras transgênicas, o menor número de aplicações de inseticidas e herbicidas e o sequestro de carbono do solo em razão de cultivos com menor necessidade de aragem resultaram na redução de emissão de CO2 em 19 bilhões de quilos, o equivalente a retirar 9 milhões de carros de circulação das ruas (Brookes and Barfoot, 2012, a ser publicado).

Fonte: ISAAA- 07 Fevereiro de 2012

terça-feira, fevereiro 14, 2012

Biocombustíveis levantam polêmica na Europa


             Buscando reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 20% até 2020, a União Europeia concordou que 10% dos combustíveis utilizados para transporte sejam provenientes de fontes renováveis. 
Diversos grupos vem há anos alertando que esta meta poderia causar mais mal do que bem ao abrir mercado para combustíveis que não assim tão 'limpos'. Agora, chegou o momento em que as discussões tomaram proporções oficiais.
Connie Hedegaard, comissária da União Europeia para o clima, alertou, em entrevista ao Euractiv , sobre a expansão do uso de biocombustíveis. 
"É ótimo ver o potencial das novas tecnologias, mas devemos ter muito cuidado para não estabelecer um novo setor enorme e então, após algum tempo, dizer: isto não é bom". Atualmente, o uso de biocombustíveis na Europa responde por 4,7% da demanda total.
Ela argumenta que na época da elaboração da política do bloco em apoio aos biocombustíveis, o conhecimento e a ciência para tal ainda não estavam tão avançados e que agora é uma batalha conseguir determinar os fatores de impacto indiretos sobre o uso da terra.
Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia está finalizando uma avaliação sobre os potenciais efeitos negativos dos combustíveis de plantas sobre o clima, e a publicação está programada para as próximas semanas.
O Euractiv teve acesso ao rascunho da avaliação, cuja conclusão indica que as emissões de biocombustíveis provenientes de fontes como óleo de palma, soja e colza podem superar as de combustíveis fósseis quando consideradas as mudanças indiretas no uso da terra, ou seja, o desmatamento em outras áreas para compensar as terras dedicadas para o plantio de biocombustíveis.
Para efeito de comparação, o petróleo retirado de areias betuminosas libera 107 gramas de CO2 equivalente por megajoule de combustível, o óleo de palma emite 105g, a soja 103g, o colza 95g e o girassol 86g, segundo os novos dados da União Europeia. O fator da cana-de-açúcar seria bem inferior, apenas 36g.
Impactos
De acordo com dois relatórios lançado nesta semana pelas ONGs Friends of the Earth (FOE) e ActionAid, a meta de 10% de renováveis nos transportes europeus adicionará entre € 94 bilhões e € 126  bilhões aos custos dos combustíveis até 2020.
"Consumidores e contribuintes estão pagando mais por esta política, que alcançará muito pouco e que acreditamos que cause degradação ao ambiente, além de fome e pobreza", comentou Robbie Blake, ativista da FOE Europa, em entrevista a Business Week . 

sábado, janeiro 07, 2012

FITORREMEDIAÇÃO


Galianthe grandifolia - Rubiaceae, considerada uma planta hiperacumuladora de cádmio
A fitorremediação utilize sistemas vegetais para recuperar águas e solos contaminados por poluentes orgânicos ou inorgânicos. Está área de estudo, embora não seja nova, tomou impulso nos últimos 10 anos, quando se verificou que a zona radicular das plantas apresenta a capacidade de biotransformar moléculas orgânicas exógenas. A rizosfera, como é denominada esta zona, tem sido desde então estudada por sua importante função de utilizar moléculas poluentes como fonte de nutrientes para os diversos microorganismos que coabitam essa região.

As substâncias alvos da fitorremediação incluem metais (Pb, Zn, Cu, Ni, Hg, Se), compostos inorgânicos, elementos químicos radioativos (U, Cs, Sr), hidrocarbonetos derivados de petróleo (BTEX), pesticidas e herbicidas  (bentazona, compostos clorados, etc), explosivos, solventes clorados e resíduos orgânicos industriais (PCPs, PAHs), entre outros.

A fitorremediação oferece várias vantagens que devem ser levadas em conta. Grandes áreas podem ser tratadas de diversas maneiras, a baixo custo, com possibilidades de remediar águas contaminadas, o solo, e subsolo e ao mesmo tempo embelezar o ambiente.

Entretanto, o tempo para se obter resultados satisfatórios pode ser longo. A concentração do poluente e a presença de toxinas devem estar dentro dos limites de tolerância da planta usada para não comprometer o tratamento.

CÉLULAS-TRONCO

Introdução
Nos últimos anos o assunto “células-tronco” tem sido muito debatido, e é objeto freqüentemente exposto na mídia. Como a maioria das grandes novidades, esta área está sendo superestimada se for considerada a realidade atual, entretanto não há dúvidas de que as suas potencialidades são enormes, e pode-se esperar um novo tipo de Medicina a partir da evolução dessas pesquisas. Na verdade, o que se tem hoje é uma série de perspectivas e os resultados obtidos nas experiências em animais de pequeno porte não podem, ainda, ser extrapolados para a espécie humana. Experiências clínicas têm, entretanto, mostrado resultados alentadores.
Os diferentes tecidos são formados por células com características diversas. Por exemplo: o tecido muscular está constituído por células especializadas em contração, os miócitos. O tecido ósseo está constituído por osteoblastos, o tecido nervoso por neurônios, e assim por diante.
Quando uma das primeiras células do embrião sofre uma mitose e se divide, as duas células resultantes têm a mesma constituição genética e as mesmas características. A embriogênese progride com a contínua multiplicação das células, aumentando o número das mesmas e o tamanho do embrião. O interessante é que dentro da célula mais primitiva, o zigoto, existe informação suficiente para que, na medida em que essas células forem se dividindo, aos poucos ocorra uma diferenciação, originando diferentes linhagens que formarão diferentes tecidos como: muscular, ósseo, nervoso, etc.
No interior do núcleo desta célula primitiva existe uma bagagem gênica completa, com capacidade de transmitir as informações necessárias para toda a vida do futuro ser que esta célula originará. Em um determinado momento, nesta contínua série de divisões mitóticas, inicia um processo denominado diferenciação celular. Este processo é de extrema importância pois permitirá que novas linhagens celulares passem a existir e já iniciem a estruturação de um complexo organismo. Este fenômeno de diferenciação celular permite, em última análise, que a célula resultante da divisão seja diferente da antecessora.
Durante muito tempo, os biólogos ensinavam a mitose como sendo a divisão de uma célula em duas exatamente iguais. Há relativamente pouco tempo, com os novos entendimentos propiciados pela moderna biologia celular, foi sendo definido um novo tipo de mitose. A mitose assimétrica. O conhecimento desta mitose assimétrica permitiu a ideação de um tipo de célula com características especiais. Esta célula ao se dividir origina uma célula que se diferencia e outra que mantém as mesmas características da original. Desta maneira, ela pode se diferenciar em outra, ao mesmo tempo em que pode manter suas características primordiais. Esta manutenção de características permite, no organismo adulto, que haja um grupo de células que ainda mantêm características ancestrais, ou precursoras, ou tronco. Por essa razão são denominadas células-tronco.

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"Biotecnologia define-se pelo uso de conhecimentos sobre os processos biológicos e sobre as propriedades dos seres vivos, com o fim de resolver problemas e criar produtos de utilidade."